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OPINIÃO: Crise nas grandes seleções intensifica importação de jogadores


Foto: Alberto PIZZOLI / AFP.

Com o tricampeonato da Argentina, e a ida do Marrocos as semifinais, o futebol Europeu já perdia parte da sua soberba, e aliado as crises que seleções grandes como Itália e Espanha passam, a verdade que todos sabiam está escancarada: Não existe futebol sem latinos e africanos.


Mergulhado numa crise tremenda, outrora poderosíssima ‘azurra’ hoje é a sombra da potente seleção dos anos 80, e catando “restos” que a seleção argentina deixou, aliciando os jovens jogadores da ‘albiceleste’ e buscando a naturalização de Brasileiros que se destacam em série A, busca montar um time que volte a disputar uma copa.


A Espanha, que antigamente fazia jus ao apelido de La Fúria, hoje é uma seleção quase que “genérica”, formada em sua maioria por jogadores que tenho minhas dúvidas se seriam titulares nos times de ponta brasileiros.


A tetracampeã Alemanha, famosa pelo fatídico 7x1, apesar de ter uma geração acima da média, ainda conta com falhas em algumas posições, como os abaixo da crítica Fulkrug e Wolff, que novamente, não jogariam no Athletico Parananense se tivessem oportunidade.


O grande abismo de qualidade entre ligas latino-americanas e Europeias começou justamente quando a exportação excessiva de talento local foi implementada, posterior a isso, uma sequência de 4 campeões europeus seguidos em Copa do Mundo, e um completo desmanche na qualidade coletiva das seleções sul-americanas, onde um Brasil pentacampeão do mundo com 12 jogadores que atuavam em solo brasileiro, se tornou um time de muita mídia e pouca efetividade, onde o entrosamento foi limitado e com apenas 3 jogadores nacionais.


O tão famoso MSN era formado por 3 jogadores latinos, Klopp foi campeão de tudo com o Liverpool tendo um brasileiro, um senegalês e um egípcio com trio de ataque, com 2 africanos sendo cotados para melhores do mundo em algumas temporadas. O Brasileiro Neymar foi o maior destaque do PSG na sua campanha de finalista da Champions 2020. O maior destaque da Itália vencedora da copa era um brasileiro naturalizado.


Mesmo com uma geração de técnicos absurda, a Europa não produz material humano o suficiente para se fazer um jogo vistoso, recorrendo a mercados menores, e a jogadores com descendência, exemplo a França que só foi campeã por ter muitos descendentes de africanos.


A quantos anos a Itália não revela o grande jogador? Nomes que aqui eram tratados como piada recebem oportunidades, vide Rafael Tolói e Emerson Palmieri. A prática não é recente, já que nos anos 2000 tivemos nomes como Liedson, Deco, Marcos Senna e Thiago Motta sendo importantes em suas respectivas seleções.


Muito provavelmente a conta chegou para algumas equipes, e de tanto importar jogadores, a sua produção gerou uma safra bem ruim, sendo forçada agora a reforçar sua seleção com nomes estrangeiros.


Já com Manuel Retegui no comando de ataque, com Bruno Zapelli nas categorias de base, e com possibilidade de naturalizar Giuliano Galoppo, a seleção italiana fica cada vez mais argentina, não bastando o Calcio já tirar uma boa parte dos seus bons jogadores da liga nacional.


Com a toada da Argentina voltar a “pensar e agir como argentina” a Europa pode se assustar um pouco e a quebra de hegemonia pode ser maior do que eles esperavam, logo, a Itália pode e está resolvendo “dois problemas” de uma única vez, e agora é esperar e ver se essa importada geração os levará novamente a uma copa.



*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.



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